terça-feira, 18 de junho de 2013

VEREADORA QUER MAIS ATENÇÃO NOS CASOS DE GRAVIDEZ PRECOCE.

O período da adolescência caracteriza-se pelo crescimento rápido e pelo desenvolvimento da personalidade, o que pode gerar estresse, conflitos e instabilidade emocional. A iniciação sexual acontece frequentemente nesse período, o que tem sido motivo de preocupação, seja pela possibilidade de ocorrerem gestações indesejadas, seja pela disseminação de doenças sexualmente transmissíveis. Foi baseado nestes princípios que o presente Projeto de Lei foi desenvolvido levando em conta a população de adolescentes, compreendido entre 12 e 18 anos, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Dados do Ministério da Saúde, que fazem referência à vida sexual dos adolescentes, indicam um significativo aumento no número de jovens com vida sexual ativa.

Esse aumento têm causado preocupação entre os profissionais de saúde e têm, também, motivado a realização de estudos, no sentido de quantificar a magnitude do problema, oferecendo assim subsídios para a conscientização de outros profissionais de saúde e de outras áreas, ademais da população em geral, tornando possível a adoção de medidas de prevenção.

A gravidez nessa fase da vida tem sido considerada como fator de risco, do ponto de vista médico, tanto para a mãe como para o filho e, também, como fator agravante ou desencadeador de transtornos psicológicos e sociais. Vários estudos fazem referências à maior incidência de complicações durante a gestação de adolescentes, tais como aborto espontâneo, restrição de crescimento uterino, diabetes gestacional, pré-eclampsia, parto prematuro, sofrimento fetal intraparto e parto por cesariana. Por ocasião do parto normal, tem sido referida maior incidência de lesões vaginais e perineais. São citadas maior frequência de deiscência (reabertura) de suturas e dificuldades de amamentação.

Em relação às repercussões psicológicas, refere-se um aumento do número de casos de depressão pós-parto. Entre as complicações referentes ao recém-nascido, observa-se um aumento na incidência de desnutrição, maus tratos e descuidos, o que pode se estender à criança com mais idade. Na infância, principalmente no primeiro ano de vida, há relatos de maior incidência de desnutrição e acidentes domiciliares.

Do ponto de vista social, estudos concluem que a gravidez nessa época pode ocasionar repercussões socais negativas, com reflexo na evolução pessoal e profissional, além de transtornos no núcleo familiar. Tem sido referida a alta taxa de evasão escolar entre adolescentes grávidas, chegando a aproximadamente 30%, e a baixa taxa de retorno à escola. Existem referências ao fato de que os problemas observados na evolução da gestação entre adolescentes podem estar relacionados à condição social e econômica desfavorável da adolescente, e que, por outro lado, a assistência pré-natal adequada poderia minimizar esses problemas.

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

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